Possível uso dos dados do MapBiomas

A diferença reside nas classificações em si, sobre quais fatores são considerados para classificar. Assim como há classificações para domínios morfoclimáticos, p.ex., que diferem destes dois que citou (bioma e ecorregião).

No Brasil, o conceito adotado oficialmente é o de bioma. Mesmo neste conceito (internacionalmente), há variações, a depender do autor, verifique aqui na wiki: Biome - Wikipedia.

Não precisamos criar uma compatibilização internacional (para mim, seria algo insano, dadas as variações de classificações, de país a país), o que precisamos é pensar nas etiquetas para o caso do Brasil, pois realmente não existem.

Veja um exemplo de Angoca, para o seu país: ES:Proposed features/natural=Páramo - OpenStreetMap Wiki

A importância de mapear o limite oficial do bioma, na data de publicação mais atualizada, é ecológica. A outra justificativa seria a sub representação destas feições “naturais” no mapa do OSM, que está repleto de exemplos do ambiente urbano, mas não dos ambientes naturais ou rurais (como foi o caso do “Faxinal” do RS, no ano passado, levantado por @EvertonBortolini ).

Já emendando uma resposta na outra, creio que não seria bom mapearmos/etiquetarmos os remanescentes florestais (natural=wood), acrescentando uma tag com a indicação do bioma, pois pode confundir o usuário dos dados extraídos, fazendo-o pensar que aquele é o limite do bioma, quando, na verdade, não é… seria o que restou dele.

Veja na definição de bioma do IBGE Educa, que não se limita a uma componente ‘vegetal’:
“Bioma é um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação que são próximos e que podem ser identificados em nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que, historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em uma diversidade de flora e fauna própria.” (https://educa.ibge.gov.br/jovens/conheca-o-brasil/territorio/18307-biomas-brasileiros.html)

Parece preciosismo, mas não é. Esta discussão é conceitual e deve estar estar bem madura, antes que qualquer coisa seja sugerida, cf. já argumentou @matheusgomesms . E antes de decidirmos o que valeria a pena mapear ou não.

Seguimos :herb:

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Por curiosidade, eu fiz um mapa usando as classes do Banco de Dados e Informações Ambientais do IBGE e as cores do OSM para ter um ideia de como ficaria a visualização do Brasil no renderizador padrão se essas classes fossem importadas. :laughing:

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Muito diferente!
Uma vez, falei sobre isso…
Do jeito que está hoje, parece que está mais desmatado do que está.
Podemos incluir os dados do BDIA, pois isso independe de mapearmos os limites dos biomas ou não. Mesmo que tenhamos que depois fazer as relações entre os dois, seria melhor incluir ASAP.
Parabéns.

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Sobre o BDIA eu já vinha mapeando algo na região onde eu morava, (Cuité-PB), e ainda pretendo expandir para as cidades vizinhas. Eu acho importante porque são regiões essencialmente rurais que não tinham praticante nada no OSM exceto vias.
É um trabalho super lento. Tem que ver o que já tá mapeado e ajustar as geometrias do IBGE com o que é visível no Bing, mas uma vez enviado para o OSM é fácil fazer alterações em massa na etiquetagem se for preciso. Ajustar as geometrias manualmente é o mais chato. :sob:

Sobre o MapBiomas, eu até agora usei apenas no mapeamento de vegetação na Ilha dos Marinheiros (Rio Grande - RS) (changeset aqui). É mais complicado que os vetores do BDIA porque o MapBiomas fornece o dado em raster. Exige uma série de passos adicionais que eu nem faço ideia muito bem como usar. :upside_down_face:

Também manjo pouco de QGIS, mas entendo que não seja complicado vetorizar esses raster. @EvertonBortolini ou @Raquel_Dezidério_Souto poderia dar o caminho das pedras, de maneira resumida que seja? :slight_smile:

Pedro, você acha que quais dados seriam melhores (em todos os sentidos), os do BDIA ou do MapBiomas 10m?

De maneira rasa, eu vejo que, se realmente quisermos inserir os biomas no OSM, teria de ser através de relação somente.

No Taginfo alguém já inseriu alguns biomas brasileiros, usando a etiqueta biome=* hehe: biome | Keys | OpenStreetMap Taginfo

Com as relações, ficaria “fácil” de ver qual natural=wood (por exemplo) pertence a qual bioma, por análise espacial simples.

Se for inserir qualquer etiqueta natural=*, acho que o buraco é bem mais embaixo…

Na minha opinião, o MapBiomas 10 metros é melhor.
Vantagens em relação ao BDIA: resolução melhor, é um trabalho de monitoramento então se usar os dados mais atuais a correspondência da geometria com o que realmente existe atualmente é mais acertada e isso pode reduzir as etapas de ter que ajustar manualmente cada geometria, possui classes de uso do solo com influência humana mais detalhada.

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Seria com relação sim.
O que sugeri é, nesta etapa, mapear apenas as coberturas, até que se decida sobre como etiquetar os biomas.

Então vamos focar nos dados do MapBiomas 10m, e enquanto isso a gente vai discutindo essa questão dos biomas.

Etapas que podemos seguir:

1 - criar página wiki (eu faço)
2 - discutir etiquetas (Pedro já sugeriu, falta bater o martelo)
3 - discutir plano de importação/inserção no OSM

Passo 3 é obviamente o mais difícil, mas vamos fazendo pouco a pouco!

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Tem um vídeo da Jocilene que mostra

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OK
Sim, se optarem por usar os dados do Mapbiomas, haverá essa etapa extra de vetorização.
No início desta discussão, falou-se em escala, se seria adequada para o OSM.
O que podem fazer é testar em uma área, pra ver qual dos dois (BDIA ou MapBiomas) casa melhor com a img satélite no OSM.
Lembrando de verificar, neste teste, qual data da img satélite (ou seja, procurar uma área cuja tile seja próxima da data dos dados que querem importar).
Pra confirmar se valeria a pena vetorizar ou se usaria diretamente os do BDIA.
Pensar também que os dados do BDIA são oficiais.
Colocar tudo na balança…

@Raquel_Dezidério_Souto @matheusgomesms No arquivo que baixamos do Mapbiomas na verdade a gente só precisa converter de raster para vetor, então é mais simples o que necessitamos fazer no QGIS → https://www.youtube.com/watch?v=_rlOeP4s-aI

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Então… tarde da noite, pensei sobre isso, se o que estava no MapBiomas daria para fazer assim (eu não cheguei a abrir os arquivos, estava no celular ontem)… mas já estava na cama, pronta para dormir, sem qualquer chance de abrir community para escrever :slight_smile: Grata pela ajuda. Estou pulando de um local a outro, tentando dar conta de tudo que chega. Atravessando agora os assuntos, vamos preparar a divulgação dos dados da campanha do RS… eu te ajudo…
@pedro_tharg , tu podes testar em uma área pequena? onde poderíamos testar isso? Ou você já está fazendo com os dados do MapBiomas (me perdi aqui). Enfim… tocar o barco…

Dá pra fazer em massa com o GDAL ou com gdal_polygonize.py ou gdal_footprint =D

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