Pessoal,
É convenção no OSM desenhar as mãos de uma via separadamente quando as duas mãos têm um separador físico. Separadores grandes como canteiro central e defensa metálica obviamente servem como separador físico, a dúvida maior é sobre os tipos menores, colocados diretamente na pista. Lendo o manual de sinalização horizontal do DNIT, me parece que tachas e tachões não valem como separador físico, e considerando esta lista de separadores e também este conjunto de separadores à venda, me parece que apenas os tachões, mini-tachões, tachas e o modelo menor de tartarugas é que realmente não funcionam como separadores físicos (que vou chamar de “separador fraco”). O que vocês acham?
Aqui em Porto Alegre é comum encontrar essas estruturas em faixas exclusivas (como as de ciclistas e de corredores de ônibus). E por isso, também estou pensando em mudar a minha forma de mapear pra corresponder ao seguinte:
- usar cycleway=lane na via principal para ciclofaixa pintada na pista principal, com ou sem separadores fracos (se a ciclofaixa tiver um nome, é mapeado como uma relação do tipo route=bicycle)
- usar cycleway=track para ciclovias pintadas sobre a calçada (o separador é o meio-fio) ou com alguma outra separação “média” (ex.: árvores) mas não forte (ex.: cerca, defensa metálica)
- usar busway=lane para corredores de ônibus separados por faixa contínua ou pelos separadores listados acima (o trajeto de um BRT, que inclui tanto partes segregadas quanto partes com um separador “fraco”, poderia ser mapeado com uma relação route=road+road=BR:BRT ou algo assim; só não poderia ser route=bus que tem outro significado)
Alguma lógica nisso: todos os corredores de ônibus servem para acesso de emergência (polícia, ambulância, bombeiros, etc.) e, em alguns casos raros, até para táxi. Os trechos em que o corredor se junta à pista principal com um separador fraco são trechos em que o roteamento para veículos de emergência deveria permitir a passagem da pista principal para o corredor. Em vários trechos em linha contínua, há também a possibilidade de ônibus saírem e entrarem no BRT, e fazendo assim fica mais fácil mapear as relações de rota dos ônibus.
Acho que a mesma lógica deveria se aplicar ao mapeamento das calçadas, mesmo em torno dos cruzamentos: seria feito com tags (sidewalk, access, etc.) e complementado com linhas independentes para representar por onde é permitido atravessar (algo que só faz sentido mesmo em grandes avenidas, que geralmente são divididas). Daí o centro do cruzamento fica com sidewalk=no onde houver linhas independentes representando as conexões da calçada e das faixas de pedestre.
Faz sentido pra vocês?