Reversão de dados

Caros,

estou preocupado com a discussão sobre reverter dados importados em desacordo com a licença do OSM. Em particular a questão do efeito cascata.
Apagar dados que foram inseridos de forma legítima após uma importação errada é, no mínimo, uma indelicadeza com os colaboradores que fizeram esse trabalho.

Não consigo ler todos os emails da lista, mas parece que algumas pessoas deviam passar mais tempo na rua anotando informações e pegando pontos do GPS do que manipulando grandes conjuntos de dados de forma automática.

Qualquer problema no mapa pode ser corrigido de forma paulatina e gradual do mesmo modo que novos dados são acrescentados.

Minha humilde opinião, Linhares

Prezado Linhares

compartilho totalmente da sua preocupação.

Eu acho que não dá para trabalhar em cima de dados existentes se a postura for de apagar tudo inclusive o trabalho legítimo que se seguiu em cima desses dados, já que em princípio todos os dados na base podem ter sua origem questionada em algum momento.

abraço

Gerald

Acho que está havendo preocupação exagerada e que o OSM Brasil só vai perder com isso. Todo o questionamento vem de administradores do outro projeto, que estão fazendo de tudo para manter o monopólio sobre a produção cartográfica voluntária neste país. Com que intenções? Tenho minhas desconfianças.

A licença Creative Commons ND NC CY só vale para os produtos finais disponibilizados no site. Não vale para os mapas originais criados pelos desenvolvedores, que podem fazer o que bem entendem com eles.

Também não está havendo uma investigação detalhada de quais dados são do Google e quais não são. Simplesmente estão revertendo tudo sem dar oportunidade de defesa para quem teve a boa vontade de contribuir. E isso desestimulará as pessoas a migrar ou trabalhar para ambos os projetos.

Calma Paulo. Estamos discutindo as melhores estratégias para conferir se os dados são realmente do Google (ou outras fontes) antes de arbitrar as reversões. O problema é que ainda não temos as ferramentas adequadas para fazer isso. Eu tentei buscar ajuda na comunidade internacional (http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?id=22354), mas nada ainda.

Eu reitero que não quero que o pessoal que vem do TrackSource se sinta agredido por uma reversão. O que queremos é que esse pessoal se informe mais sobre processos de importação que, independente de ser do TrackSource ou não, sempre exigiu um contato prévio com a comunidade para explicar a forma com que a informação foi produzida, para termos certeza de que tem qualidade suficiente (não é o caso do TrackSource, tenho certeza que a qualidade é excelente) e que a fonte é legalmente permitida (eis a questão). Queremos isso não porque somos burocratas, mas porque nos preocupamos com a utilidade do mapa (daí o controle de qualidade, que é mais fácil de garantir antes de uma importação) e com o dia em que o detentor dos direitos sobre a informação bater na nossa porta e nos obrigar a limpar a base (que, se não tivermos o cuidado, poderá ser boa parte do mapa que acumulamos ao longo de anos). Desse cuidado agora depende o sucesso do projeto a longo-prazo. Do contrário, talvez a popularidade do OSM seja atingida antes, mas seja perdida rapidamente ao nos depararmos com uma medida judicial movida por grandes provedores de mapas.

Mesmo?

http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?id=22436

É Paulo, por este link que você mandou deu pra perceber que o Trebien quer até saber se existe uma ferramenta para saber se dados foram traçados sobre imagens do Google, parece até piada. Eu acho que o Linhares está certíssimo sobre a deleção de dados anteriores para colocação de novos por cima, a discussão é válida, acho mesmo que deleções não devem ser feitas para importações, isso foi um erro, que já passou. Agora, ficar procurando os pormenores que as vezes são até impossíveis de encontrar, acho mesmo que querem nos ver fora deste projeto. Agora parece que vai ser assim, se você traçar algo que não tenha nas imagens do Bing, sua edição será revertida, acho mesmo que se for assim, me avise logo, que já me retirarei de campo.

Eu consigo conceber uma forma de automatizar a detecção de onde os dados vieram de uma região, ou no mínimo como fazer uma perícia manual. Não há razão para que o Google não consiga conceber a mesma coisa. Não é paranóia. Se não tivessem essa intenção, não teria por que dizer explicitamente que ninguém pode traçar sobre as suas imagens.

Bem, eu já disse que não quero ver ninguém fora do projeto, mas eu entendo as preocupações da comunidade em evitar enfrentamentos jurídicos. Sei que vocês acham isso improvável (e concordo que seja), mas se daqui a 2, 3 ou 5 anos isso acontecer, pra vocês será muito fácil: basta sair do projeto e continuar o de vocês (talvez). Mas nós perderíamos várias porções do mapa, anos de trabalho de vários colaboradores.

Não tive tempo, queria ter escrito no wiki um artigo listando tudo que pode e não pode ser feito pelos DMs e DEs do TrackSource com o seu próprio material cartográfico. Seria na verdade apenas uma especialização das regras gerais, que valem pra todo o mundo.

O mapeador que vai à rua com o GPS e tira fotos, tem onde descarregar esse material que “autentica” seu trabalho?

Eu fiz o mapeamento de umas praças (incluindo assentos, árvores, e iluminação). Usei GPX e Bing. Mas no final, é claro que o trabalho tem alguma semelhança com as imagens do Google. Tenho a consciência limpa de que não coloquei a imagem por baixo, nem me demorei em comparações. Mas a Justiça presumiria minha inocência?

Desenhei usado o iD. Carreguei o GPX enquanto desenhava. Não fiz upload do GPX como “minha trilha”. Sempre devo fazê-lo? Mas e as fotos auxiliares, que foi o que mais ajudou, ficarão comigo, apenas?

Oi Alexandre, não é necessário fazer upload da trilha.
Se você verificou pessoalmente com GPS e tudo, pode dormir com a consciência limpa.
Essas discussões de reversões geralmente vêm de atividades suspeitas, como etiquetas estranhas(que não existem no OSM), muitos dados importados de uma vez só e coisas assim.
Se os dados são reais, não tem problema; o problema é que todo mapa tem erros, se algum usuário copia um erro de outro mapa com uma licença incompatível, este erro se torna evidência da cópia. E acredite, erros não são tão incomuns assim, nem mesmo pode ser descartada a possibilidade de erros intencionais(para pegar copiadores). Quase todas as táticas para pegar copiadores envolvem provar que um dado só poderia vir daquele outro mapa de licença incompatível.
Quem copia de outro mapa com licença incompatível, só prejudica o OSM, porquê não só é uma perda de tempo dos usuários que tem que remover, também é dos usuários que colocaram novos dados em cima daqueles, porquê também perdem os seus dados.

O ideal é sempre mencionar a fonte no comentário do conjunto de alterações (ou na etiqueta “source” se estiver usando o JOSM). As fontes mais comuns de dados são gps, bing(é entendido implicitamente que são as imagens satélite) e survey(que significa o ir até lá para ver os dados). E não tem problema desenhar o contorno de casas e ruas pela imagem satélite, mesmo que desconheça esses objetos.

Pessoalmente eu só faço o upload da trilha se ela estiver relativamente “limpa”, ou seja, que ajude a demonstrar os contornos das ruas.
Elas podem ser utilizadas para outros mapeadores verificarem os contornos das ruas, veja aqui para ter uma idéia http://www.openstreetmap.org/user/wille/diary/20914

Eu saiba dessas coisas. O problema é que, assim como acertos, erros humanos naturalmente se aproximam.

Para cada elemento (ponto, linha ou área)? Tem de ser em inglês? A pergunta é: tenho mesmo de seguir uma (essa) convenção de valores?

Referi-me às imagens do Google. Traço em cima das imagens do Bing.

Tenho trilhas de praças e ruas próximas a elas, com vários waypoints (assentos, cestos de lixo, árvores etc). Quando tem um edifício ou quadra, eu os arrodeio ou marco waypoints em seus vértices e lados.

Muitos desses waypoints são registrados com nomes errados, por pressa. Eu posso editar o GPX antes de fazer upload como “minha trilha”, ou ele deve ser sempre o original gravado (errado) pelo aparelho GPS?

Entendi.

No objeto completo, geralmente (se é uma via composta de vários pontos, você só coloca source na via apenas). Ou pode colocar o source apenas no changeset (o que vai dizer que todo o seu conjunto de mudanças foi baseado em determinado(s) source).

Apesar do campo ser livre para escrever o que quiser, é uma convenção utilizar esses valores (pode-se utilizar “andei de bicicleta no local e coletei os dados” ao invés de “survey”, mas quem não falar português não vai saber o que significa; também dificulta em buscar dados que foram inseridos baseados no Bing, survey, etc).

Não sei como faz isso. Você refere-se ao comentário deixar quando salvamos o trabalho com o iD?

Talvez escrever detalhamento em inglês (como esse que você exemplificou em português), após iniciar com palavra da convenção, seja a mellhor opção. Acha que é?

Não ao comentário, mas a tag “source” mesmo. No iD acho que não dá para fazer isso.

Não :slight_smile:
A descrição completa pode colocar no comentário do changeset. É melhor manter padronizados os outros campos (como source).

Solicito apagarem minha mensagem #14 e esta. Aquela foi um acidente.