Estou iniciando o mapeamento de Sorocaba. E como outros municípios, o plano diretor das cidades estão em elaboração ou já foram aprovados.
O Plano Diretor vai determinar como a cidade deve ser desenvolver na próxima década e por isso acho interessante inserirmos essas informações no OSM para dar mais transparência para as decisões que os políticos estão tomando, muitas vezes sem consulta à população.
No plano diretor são definidas áreas de Macro-zoneamento e zoneamento, altura máxima de prédios, entre outra série de coisas. É interessante até mesmo mapear o plano diretor anterior e o atual para analisar como as mudanças ocorreram e até descobrir onde atuam os grupos de especulação imobiliária ligadas ao governo.
Existe algum grupo pensando em como inserir tais informações no OSM?
Já usei a LAI para pedir os mapas digitais de Sorocaba referentes à ruas e ao Plano Diretor.
Olá, não sei de nenhum grupo trabalhando com esse intuito. Parece uma iniciativa interessante, mas é preciso avaliar o que realmente cabe no OSM.
Eu conheço a tag highway=proposed para estradas projetadas que não foram construídas ainda. Talvez seja um ponto de partida.
Se os mapas do plano diretor tem o nome de todas as ruas e praças, essa é obviamente uma informação que pode ser passada para o OSM. Mesma coisa para limites dos bairros, hidrografia, etc.
Já coisas como zoneamento, não acho que tenham uma aplicação direta para nós. Mas às vezes essas zonas podem indiretamente trazer informações interessantes. Por exemplo, eu estive procurando os limites exatos do campus do Vale da UFRGS em Porto Alegre por um bom tempo, sem sucesso. Até que um dia eu achei um mapa da prefeitura que estabelecia uma “microzona de interessa institucional” ou algo assim que obviamente coincidia exatamente com o campus, e então eu copiei esse limite para o OSM.
Outros dados que podem estar “camuflados” como áreas de zoneamento nesses mapas da prefeitura incluem unidades de conservação, limites de grandes condomínios, propriedades industriais, etc.
Em suma, eu aconselharia explorar os mapas que obtiveste e copiar manualmente os dados que calhem ser úteis.
Muito legal que você está começando a trabalhar em Sorocaba. Por aí há muitas ciclovias, seria interessante expandir o mapeamento delas no OSM.
Se o seu interesse é publicizar as informações do novo Plano Diretor, acho mais eficiente criar um site no Mapbox, TileMill, Mapas Coletivos, JEO ou outra plataforma.
Isto porque você teria o trabalho de fazer a importação e existe a restrição do OSM de que não é permitido mapear coisas que não “existem”. Assim você não poderia adicionar ao OSM o zoneamento anterior, que não é vigente.
No caso eu acho que o OSM pode ajudar mais ao prover uma camada base de ruas, edificíos, pontos de interesse e outras informações que ajudem a contextualizar o que está sendo proposto no Plano Diretor.
Bom procurei um tópico sobre novos usuários e não encontrei mas me identifiquei com este aberto pelo nosso amigo bmelnic sobre Plano Diretor.
Pois eu trabalho na Prefeitura de Jundiaí e aqui estamos passando agora pela revisão do Plano Diretor Participativo, e como não temos ferramentas de Geoprocessamento implantadas tomamos conhecimento do OSM quando em companhia de outros colegas fomos a feira MundoGeo Connetc em São Paulo agora no início de Maio.
Sei que outros membros muito mais experientes já colocaram a opinião sobre o Zoneamento, contudo o Plano Diretor não é, ou pelo menos não deveria ser APENAS o Zoneamento não, tanto que aqui estamos fazendo um grande levantamento com o auxílio de uma consultoria de todos os ECP (Equipamentos Públicos e Comunitários) de Educação, Saúde, Cultura, Esporte e Lazer.
E se conseguirmos compreender melhor como utilizar e complementar o OSM, poderemos lançar todos esses pontos para que sejam visualizados e de forma mais prática e ágil não apenas pelos demais técnicos envolvidos no processo mas também pela população em geral.
Aproveito para perguntar aos mais experientes como podemos aprender mais em tutoriais sobre o OSM, pois temos necessidade de atualizações como Logradouros (Nome, CEP, CODLOG), Abairramento que é diferente do Loteamento aqui, pois o Bairro é uma grande Região onde dentro tem os Loteamentos menores e isso sempre gera confusão nas pessoas… enfim acho que já falei demais !!!
Boina, apesar de ser possível representar áreas ou objetos planejados, geralmente estes não são inseridos no OSM. A princípio é mapeado apenas o que existe de fato nos locais, com algumas possíveis áreas, rodovias, ferrovias, etc em construção.
Em poucos casos são mapeadas ruas e rodovias planejadas.
Marcar uma área proposta no mapa para uma futura praça ou escola, por exemplo, sem ter certeza de que realmente será construído, é algo que não creio que caiba no OSM.
Então não sei até que ponto dá para utilizar o OSM junto com planos diretores.
A questão de bairro e loteamento dá para representar.
Realmente você tem razão quanto a representar no mapa objetos planejados ou que tenham apenas interesse para um fim específico, e eu também não acho que eles “devam” ser representados não, o que citei acima sobre Planos Diretores é que como eles tem de ser revisto de tempo em tempo suas informações teoricamente são revistas também.
Desse modo Nelson acredito que esse contato com os municípios poderá trazer ao cenário do OSM as entidades que realmente produzem informações pertinentes como: denominação de vias (onde começam e terminam), CEP (código de endereçamento postal) EPC (equipamentos públicos e comunitários), limites de bairro e loteamentos, etc… Enfim uma grande quantidade de informações que podem realmente tornar os mapas mais completos e atualizados.
Porém hoje trabalhando dentro de um órgão municipal vejo o quanto é difícil reunir todas essas informações que estão dispersos em vários locais sobre os mais diversos formatos, no nosso caso específico não temos um local que centraliza todos esses dados, por isso me interessei muito pelo OSM, pois como é uma plataforma de geoprocessamento, posso começar uma coleta de dados e tenho uma infraestrutura já existente para disponibiliza-los.
Estivo olhando nos links e tutoriais enviados pelo Tarcisio então ainda não comecei efetivamente a colocar os dados que temos, mas olhando o exemplo do município de Jaraguá do Sul, lá o mapa parece bem mais maduro graças a contribuição dos editores locais, que consequentemente possuem maior conhecimento do entorno.
Uma grande contribuição que você pode trazer como funcionário da prefeitura é obter uma declaração da prefeitura de que os dados do plano diretor podem ser usados no OSM de acordo com os Termos do Contribuidor. Melhor ainda seria se você conseguir convencer a prefeitura a publicar estes dados sob uma licença livre, por exemplo CC0 ou CC-BY da Creative Commons.
Além dos EPCs, outro conjutno de dados extrememente útil para nós seria a numeração de portas. Você sabe se a prefeitura de Jundiaí já dispões desse mapeamento ou está preparando tal coisa?
Olha não temos essa informação da mesma forma que vi outro dia alguém mandar um link da Prefeitura de Vitória, contudo estamos sim interessados em conhecer as novas tecnologias e até onde eu sei (sou arquiteto e não advogado… rsrsrs) as informações são públicas, bom mas entende que é preciso formalizar mesmo.
Sobre as demais tecnologias eu gostaria também de entender mais pois aqui já passamos por várias iniciativas de PROJETOS de GEOPROCESSAMENTO, e agora estamos nós funcionários estamos buscando conhecimento para quando houverem outros projetos nós consigamos pelo menos entender um pouco.
O OSM é bastante novidade, contudo também estamos pesquisando e incorporando na nossa rotina o uso do QGIS.
Obrigado pela atenção de todos, sempre muito solícitos e atenciosos.
ArquitetoBoina, sou um dos mapeadores em Jaraguá do Sul e agradeço pela menção.
De fato, mesmo com as dificuldades e entraves do serviço público, estamos implementando informações no Openstretmap.
O sistema viário, escolas e creches do município estão todos lançados.
E continuamos a alimentar o OSM com outras informações.
Já trabalhamos com o QGis usando o OSM como camada de fundo. Queremos implementar algo como o Leaflet, mas ainda em estudo. Faltam recursos humanos (gente mesmo), com conhecimento tecnico para isso.
Gostei da idéia do Mapbox e Tilemill. Poderiam ser muito úteis para lançar o zoneamento e outros layers, sobre o Openstreetmap e disponibilizar para a comunidade.
Bom dia Tomio, aqui em Jundiaí estamos bem mais engatinhando em matéria de geoprocessamento, contudo o mapa de vcs aí em Jaraguá do Sul é realmente inspirador.
Agora ainda estamos tentando envolver interessados para então ir semeando o conceito de geoprocessamento e de que os dados centralizados são importantes e tal…
Se pudesser me mande um e-mail Tomio para mantermos contato, pois acabo entrando pouco aqui no Forum e normalmente não da prefeitura pois lá muitos sites são bloqueados.